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Antes de mergulhar nas novas águas das piscinas, faça uma imersão na reforma!

Foto_Pedro Vanucci
Foto_Pedro Vanucci

Desde maio de 2018, o Conjunto Aquático do Sesc Interlagos está fechado para manutenção. Sabemos o quanto você sente falta das piscinas, por isso, queremos te contar a necessidade da reforma, além de mostrar os bastidores e tudo que envolveu a reestruturação, inclusive a parte socioambiental!

A Reforma 
O Conjunto Aquático era constituído por um sistema hidráulico antigo, com tubulação de ferro fundido e aço galvanizado. Estes tubos se mantiveram por um bom período em boas condições, no entanto, devido ao tempo das instalações, o processo natural de corrosão começou a aparecer nos tubos e conexões de ferro, causando vazamentos e provocando desperdício de água.

Neste aspecto, a modernização dos sistemas hidráulicos e tubulações se fez necessária para impedir o consumo indevido de água, automatizar o sistema - que antes operava manualmente, aperfeiçoar o desempenho hidráulico para facilitar sua manutenção, gerando uma maior durabilidade do material utilizado nas novas tubulações, além de aumentar a segurança quanto aos parâmetros de balneabilidade.

“Depois de alguns anos, as piscinas e sistemas hidráulicos terão equipamentos de alta tecnologia para realizar o controle da balneabilidade da água de forma eficiente, comparáveis com o que há de mais moderno no mercado em termos de dosagem de produtos químicos, filtragem de água e automação de sistemas, para que possamos atender nosso público com mais qualidade e segurança”, afirma André Luiz Santiago - Técnico de Infraestrutura do Sesc Interlagos.

Mas reformar não é só (tudo) isso. Demanda tempo, empenho e cuidados que são invisíveis aos olhos do público. Uma das fases importantes da reforma, por exemplo, foi a destinação correta do entulho retirado da obra. Foram quase 22 toneladas de tubos de aço e ferro. 

  

   

(Parte da tubulação retirada do Conjunto Aquático_Foto_Lidiane de Jesus

 

E agora, o que fazer com tubos gigantescos de ferro?
Para isso, a equipe de Infraestrutura responsável pela reforma acionou a comissão do programa "Lixo: menos é mais", para juntos encontrarem soluções corretas de descarte do “lixo” gerado pelas obras do conjunto aquático.

O Programa "Lixo: menos é mais" foi criado pelo Sesc SP e tem como objetivo reduzir a produção de resíduos nas unidades do Sesc e destinar corretamente os resíduos gerados. Quer saber mais? Clica Aqui!

Em 2011, o Sesc Interlagos firmou parceria com a COOPERCAPS - Cooperativa de Coleta Seletiva da Capela do Socorro. A cooperativa coleta, retira e encaminha para a reciclagem os resíduos gerados na Unidade Interlagos. Foi assim que os tubos ganharam um destino correto. “Todo resíduo passível de reciclagem deve voltar ao ciclo e, de preferencia, no mesmo seguimento, para evitar extração e utilização de recursos desnecessários”, declara Pablo Oliveira - Coordenador Técnico de Infraestrutura e Logística da CooperCaps/Rede Sul.

A COOPERCAPS é uma central de triagem oficial da PMSP – Prefeitura Municipal de São Paulo, no entanto não recebe ajuda de custo para executar os serviços, por isso, possui parcerias com algumas organizações do ramo, as quais ela repassa os materiais coletados nas empresas. “Por este motivo, operações desta natureza são de suma importância para a retirada final dos sócios cooperados”, afirma Pablo, enfatizando a satisfação da cooperativa ao finalizar uma parceria que dá o caminho correto para o resíduo, sem degradar o meio ambiente.

Quem garante o destino correto do material?
Para conhecer melhor o destino do nosso resíduo e entender esse caminho da destinação correta, parte da equipe que compõe o programa "Lixo: menos é mais" visitou a empresa Arcelor Mittal, responsável por recolher os tubos de ferro por intermédio da Cooperativa. 

    

(Equipe Lixo: menos é mais e Diego Arcelor Mittal_Fotos_Eveline Gutilla/Diego Devoglio

Arcelor Mittal é uma das principais empresas no ramo de produção de aço, e uma das parceiras da COOPERCAPS para compra de sucata ferrosa. “A ideia do Sesc é que essas ações gerem renda para a cooperativa”, afirma Eveline Guttilla, coordenadora do grupo gestor do programa "Lixo: menos é mais" do Sesc Interlagos, e completa falando sobre a importância de dar maior visibilidade para esse trabalho bastante precário e informal na cidade de São Paulo.

Segundo o Analista de Compras da empresa Arcelor, Diego Devoglio, a questão da reciclagem no Brasil é muito mais crítica:“não tem reciclagem para a sucata eletrônica no Brasil, e São Paulo é o maior gerador de resíduo do país. Exportamos o nosso ouro e ficamos com as sucatas", afirma Diego.

Materiais ferrosos como os que foram retirados do Conjunto Aquático do Sesc Interlagos, se destinados incorretamente, levam até 500 anos para se decompor. Mas, o nosso “lixo” terá destino certo! A empresa recupera o material e fabrica peças e insumos para a construção civil e outros segmentos.

(Exemplo de materiais que serão produzidos com os ferros retirados do Conjunto Aquático _Foto_Lidiane de Jesus)  

Neste sentido, o Sesc Interlagos cumpre a missão de melhorar o sistema hidráulico das piscinas agindo com responsabilidade socioambiental. “O planeta terra é nosso ambiente, só temos ele, é nossa obrigação proteger e tratar com maior carinho possível”, finaliza Pablo Oliveira da COOPERCAPS. 

Confira outras ações socioambientais:

Água Viva – A instalação apresenta por meio de totens cilíndricos informações sobre o tempo de degradação dos resíduos em meio aquático.

Pimp Nossa Central – Uma ressignificação da nossa Central de resíduos, buscando fomentar a importância da gestão de resíduos e materiais recicláveis.

Viveiro de Plantas – Com mais de cinco mil mudas em exposição, um espaço que, além das instalações, oferece atividades gratuitas promovidas pelo Núcleo Socioeducativo.