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Maré Delas: Corpo e Liberdade

MULHERES NA HISTÓRIA! PINTURA AO VIVO, na Pista de Skate, com Priscila Barbosa.
MULHERES NA HISTÓRIA! PINTURA AO VIVO, na Pista de Skate, com Priscila Barbosa.

Por Amanda Prado*

A segunda edição do Maré Delas, que acontecerá de 6 a 25 de maio no Sesc Bertioga, convida você a pensar sobre o corpo e sua diversidade - uma tarefa complexa que permite reflexões sobre quem somos e sobre quem podemos ser.

Ao atrelar a ideia de autonomia sobre o próprio corpo com liberdade, é preciso compreender que, de muitas formas, as mulheres são criadas desde muito cedo para exercer esta autonomia de forma muito diferenciada dos homens. Estas diferenças vêm tentando ser explicadas ou justificadas pelas Ciências Humanas e Biológicas há muito tempo, mas parece ser ainda um desafio compreender as potencialidades e as limitações sociais e culturais às quais as mulheres são submetidas: seus corpos ainda são tratados, observados e legislados de maneira distinta, em busca de controle.

MEU CORPO, QUAIS REGRAS? Palestra de abertura do Maré Delas com Rita Romão e Cláudia Ferreira.
MEU CORPO, QUAIS REGRAS?
Palestra com Rita Romão e Cláudia Ferreira

O corpo parece explicar-se a si mesmo, mas nada é mais enganoso. O corpo é socialmente construído. (...) É, em primeiro lugar, uma estrutura simbólica, superfície de projeção passível de unir as mais variadas formas culturais”.[1][i]

A vida das mulheres é marcada por estruturas que são construídas da infância à velhice, muitas vezes sob um olhar masculino, e que ditam como elas devem se portar e estabelecem quais são os modelos de comportamento esperados, aceitáveis.

E a quem interessa controlar o corpo das mulheres?

OLHAR PARA SI: FOTOGRAFIA PARA MULHERES Oficina com Maria Ribeiro
OLHAR PARA SI: FOTOGRAFIA PARA MULHERES
Oficina com Maria Ribeiro

Essa é uma pergunta com muitas respostas. Mas aqui cabem reflexões sobre o motivo.
Há nestes corpos tanta potência a ponto de mobilizar todo um sistema social e político para exercer um controle que muitas vezes nega direitos e legitima violências sobre eles?
O que pode uma mulher livre, que compreende e respeita seu próprio corpo, e acredita em todas as suas potencialidades?

Democracia e Liberdade das Mulheres COM AMELINHA TELES
DEMOCRACIA E LIBERDADE DAS MULHERES
Bate-papo com Amelinha Teles e Projeto Promotoras Legais Populares. Ilustração: Marcita

Gestar, parir, abraçar ou negar a maternidade como destino. Competir, sim, como uma menina. Engordar, emagrecer, ver beleza em todas as formas e cores. Trabalhar, ocupar o espaço público, transpor as barreiras domésticas. Há um universo de possibilidades a serem exploradas, e novas maneiras de viver e estar no mundo.

Convidamos você a ressignificar o que está posto e refletir sobre o exercício da sua própria liberdade. O que a relação com o seu corpo tem a ver com isso?

Confira toda a programação aqui: Maré Delas

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*Amanda Prado é responsável pela programação socio-educativa do Sesc Bertioga